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8 de março de 2016

{RESENHA} Orgulho e Preconceito – Jane Austen

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Oooi minha gente! Nesse Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, pra que melhor que Jane Austen pra vir em peso aqui representar essas escritoras lindas e que tanto amamos nessa resenha caprichada que fizemos dedicado a todas as nossas leitoras do blog? Espero que adorem o texto e não deixem de acreditar no amor e na força que a mulher tem em todas as épocas! #LEIAMULHERES Por Dallyla

ORGULHO E PRECONCEITO

Editora: Landmark (ed. 1)

Original: Pride and Prejudice

Páginas: 400

Lançamento (ano):  - 2008

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Sinopse: Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, ORGULHO E PRECONCEITO, antes dos 21 anos de idade. Assim como em outras obras de Austen, o livro é escrito de forma satírica.

ORGULHO E PRECONCEITO pode ser considerado como especial porque transcende o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos errôneos feitos a outras pessoas. A autora revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e satírico ao livro. As emoções e sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de Jane Austen, visto que se apresentam encobertos nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz em ORGULHO E PRECONCEITO; capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso.
O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para a caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes. O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo.
Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.
Considerado a obra prima de Jane Austen, ORGULHO E PRECONCEITO ganhou diversas versões para o cinema e televisão, a mais recente em 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais.

   Orgulho e preconceito é um clássico e até os dias de hoje, após duzentos anos depois de sua publicação faz sucesso mesmo com o público juvenil. Sempre tive a ambição de ler essa obra, e vi essa oportunidade quando tive que fazer um seminário na faculdade na cadeira de literatura; Romance do século XIX. É óbvio que agarrei a oportunidade pra fazer resenha e aqui estou eu, super fã do livro.

O livro é narrado em terceira pessoa e a estória acontece no século XIX. Narrando principalmente a visão de mundo e os pensamentos da jovem Elizabeth Bennet, que desde o começo do enredo se mostra uma personagem com alto nível intelectual, principalmente porque tem uma maneira diferente de lidar com assuntos pertinentes na época, tais como a busca por um matrimônio com interesse, educação da mulher e moralidade.

Lizzy é a segunda mais velha de cinco irmãs (Jane, Mary, Kitty e Lydia) e mostra-se totalmente indiferente à busca por um marido, diferente de suas três irmãs mais novas, que durante todo o enredo buscam incessantemente por um pretendente. Para mim, Lizzy representa bem a mulher moderna, o que tem em mente e o que quer, independentemente do que as pessoas acham.

O livro começa com a mãe de Elizabeth, Sra. Bennet conversando com Sr. Bennet sobre a chegada de um jovem rico à cidade onde moram. O jovem Charles Bingley, um cobiçado solteiro, rico e encantador chega a Hertfordshire junto com suas duas irmãs e seu melhor amigo Fitzwilliam Darcy para passarem uma temporada na mansão de Netherfield. Logo, a Sra. Bennet interessa-se por convidá-los para um encontro, pois seu maior desejo é ver suas filhas casadas e com boas condições de vida. Sra. Bennet teme pela perda de sua propriedade e seus bens, pois tendo somente filhas e naquela época, somente homens podiam herdar a fortuna dos pais, ela insiste para o casamento das filhas durante todo o enredo. A obra nos coloca dentro de um romance sutil quando Lizzy se aproxima de maneira desinteressada pelo jovem Darcy por meio da aproximação de Bingley com sua irmã mais velha Jane. Bingley logo se encanta por Jane e a quer como esposa. Em meio a um baile, Elizabeth ouve uma conversa de Darcy e Bingley, que a faz ter uma péssima impressão de Darcy e ter o seu orgulho ferido. Darcy se nega a dançar com ela, pois a considera não sendo bela o suficiente para dançar com ele.

Jane Austen mostra uma visão antipática, orgulhosa e reservada de Darcy, além de mostrar uma separação social profunda entre ele e Lizzy que os mantém, desde o primeiro encontro dentro de um conflito que os acompanha durante boa parte da obra, envolvendo-os em conversas sempre conflituosas e que acabam em julgamentos precipitados, orgulhosos e preconceituosos.

Mesmo diante de sentimentos negativos tão persistentes por parte de Elizabeth, ela deixa florescer um amor secreto no qual guarda somente para si. A autora também nos faz conhecer os sentimentos de Darcy por ela; sentimentos esses de encantamento, e que só são demonstrados depois que a impressão de Elizabeth por ele é piorada por uma sucessão de acontecimentos. Preciso dizer que mesmo que em alguns momentos o desenrolar da trama queira nos fazer odiar Darcy, ele tem uma maneira só dele de conquistar as leitoras.

Em meio a bailes, jantares e vários outros encontros, disputas por interesses e hierarquia social são tratadas de maneira ironizada pela autora através de sua protagonista principal por meio de discursos sutilmente irônicos e que se lidos de maneira desconcentrada passam despercebidos pelos olhares do leitor da obra.

É possível perceber ainda, que cada personagem tem um estereótipo das pessoas do século XIX, com comportamentos que na atualidade podem ser vistos como crítica à sociedade burguesa da época no que se refere ao preconceito referente à classe social.

Durante a leitura pude perceber que Austen usou o título do livro para apresentar características dos dois personagens principais. Darcy é um homem orgulhoso e Elizabeth é guiada pelo preconceito que a acompanha desde seu primeiro encontro com Darcy. O romance é ao mesmo tempo arrebatador e tão sutil que em nenhum momento é citado nem mesmo um único toque ou beijo entre os amantes. Mesmo diante de dúvidas e desilusões, os personagens são unidos por um sentimento maior que é o amor.

Já leu ou viu esse clássico? Comente!

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