- O Finn nem parecia se importar de estar morrendo - comentei. E era verdade. Finn estava calmo como sempre até a última vez em que o vi.
- Você não sabe? Esse é o segredo. Se você sempre garantir que é exatamente a pessoa que esperava ser, se sempre garantir que conhece apenas as melhores pessoas, então não vai se importar de morrer amanhã.
- Isso não faz nenhum sentido. Se você fosse tão feliz, então iria querer ficar vivo, não iria? Iria querer ficar vivo para sempre, parar continuar sendo feliz. Estendi o braço e bati as cinzas em um bonito pratinho de cerâmica que Toby estava usando como cinzeiro.
- Não, não. São as pessoas mais infelizes que querem ficar vivas, por que acham que não fizeram tudo o que querem fazer. Acham que não tiveram tempo suficiente. Acham que ganharam menos do que mereciam.
Diga aos Lobos Que Estou em Casa – Carol Rifka Brunt
{Editora Novo Conceito – 2014}